Viver em condomínio ou em moradias com vizinhos próximos exige atenção às regras de convivência que vão além das normas formais. Brigas por garagem, problemas com elevadores, barulhos fora de hora, área comum suja ou desorganizada, descumprimento de regras – são inúmeras as reclamações que podem levar os moradores a terem uma péssima convivência: o “burnout condominial”.
A principal delas talvez seja sobre o barulho excessivo e, embora não exista uma “Lei do Silêncio” única no Brasil, o direito ao sossego está previsto no Código Civil, conforme o Art. 1.277, e o dever de não perturbar o sossego alheio consta no Art. 1.336, inciso IV. “A harmonia no dia a dia é resultado de pequenas atitudes que demonstram respeito e consideração pelo outro”, diz André Baldini, Diretor de Negócios para Moradia do Grupo Superlógica.
O especialista aponta que síndicos e condôminos podem adotar cinco práticas para manter um ambiente saudável e cordial para todos:
Respeitar os horários de silêncio: Evitar ruídos excessivos, especialmente no período noturno e durante a madrugada, é fundamental para que todos possam descansar. Festas, reformas e uso de eletrodomésticos barulhentos devem ser planejados para horários adequados.Manter áreas comuns limpas e organizadas: Piscina, academia, salão de festas e demais áreas comuns devem ser utilizadas com cuidado, preservando a limpeza e a ordem para o próximo usuário. Isso contribui para a conservação do patrimônio e evita conflitos.Cumprir regras e regulamentos internos: Conhecer e seguir as normas do condomínio, como restrições de uso de vagas de garagem ou protocolos para obras, garante que todos usufruam dos espaços de forma igualitária.Comunicar-se de forma cordial e construtiva: Em caso de problemas, a comunicação direta e respeitosa, evitando discussões acaloradas ou mensagens agressivas, ajuda na resolução rápida de situações.Zelar pela segurança de todos: Atentar-se a portas e portões sempre fechados, não permitir a entrada de desconhecidos e avisar sobre movimentações suspeitas fortalece a proteção coletiva.
“Se cada um fizer sua parte para manter o bem-estar no dia a dia do condomínio, todos terão uma ótima experiência de morar e o condomínio crescerá em conjunto”, finaliza Baldini.