Em condomínios, o Wi-Fi das áreas comuns deixou de ser um “extra” e virou parte da experiência dos moradores. Seja para trabalhar no coworking, usar a academia com playlists online ou acessar câmeras internas, uma conexão ruim pode gerar mais reclamação que barulho de obra no domingo. Mas como oferecer uma rede potente sem transformar o orçamento em um filme de terror?
O primeiro passo é entender para que a rede será usada. Se o objetivo é apenas dar suporte a tarefas simples, como acesso ao app do condomínio ou uma navegação básica, um plano intermediário já resolve. Agora, se o espaço costuma receber pessoas trabalhando, vídeo chamadas ou streamings, vale investir em uma velocidade maior. Aqui um exemplo simples, um coworking com 10 pessoas pode precisar de pelo menos 300 Mb para funcionar sem travamentos.
Outro ponto chave são os equipamentos. Muitos condomínios contratam internet rápida, mas deixam tudo nas mãos do modem simples da operadora. Resultado: sinal fraco, oscilação e uma enxurrada de reclamações para a administração. A solução é investir em roteadores com tecnologia mesh, que distribuem o sinal de forma mais uniforme e podem ser expandidos conforme necessidade, tudo sem grandes obras.
Também vale ficar atento à segurança. Criar uma rede exclusiva para visitantes e outra para sistemas internos evita problemas e ainda ajuda a controlar o uso. Ajustes simples, como senha forte e atualização de equipamentos, fazem toda a diferença.
Por fim, antes de assinar qualquer contrato, compare planos empresariais e residenciais, muitas vezes, para condomínios o custo benefício vem de uma combinação dos dois. E também contrate um profissional de redes, mesmo que pontualmente, para configurar toda essa infraestrutura.
Com planejamento, testes e escolhas certas, dá pra ter um Wi-Fi estável, moderno e que caiba no bolso.
*Por Renato Cunha, especialista em meios de pagamento e segurança digital com mais de nove anos de experiência. É proprietário da 3RMS, uma empresa de tecnologia para o varejo, ele dedica suas redes sociais, como Instagram e TikTok, a educar o público sobre prevenção a fraudes.

