Aumenta onda de crimes com controles de portão clonados

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam que, apenas no terceiro trimestre deste ano, foram registradas 455.830 ocorrências de crimes contra o patrimônio no estado, sendo que mais de 187 mil desses delitos aconteceram na capital paulista. Em meio a este período, a Polícia Civil prendeu, em agosto, 12 homens e apreendeu dois menores de idade suspeitos de integrar uma quadrilha que usava a clonagem de controles remotos para invadir condomínios e residências na metrópole. Pouco antes disso, em julho, as autoridades policiais confirmaram que, em um intervalo inferior a dois meses, já haviam detido cerca de 20 bandidos que usavam essa prática ilegal para cometer crimes em imóveis de alto padrão localizados em bairros nobres da Zona Sul paulistana, como Morumbi, Brooklin e Jardins. 

Essa onda de crimes por meio desta estratégia que facilita a entrada dos meliantes nas garagens das moradias evidenciou ainda mais a importância da realização de investimentos em controles de portões que contam com recursos tecnológicos que impedem a possibilidade de clonagem dos códigos que comandam os sistemas operados nestes dispositivos. O fato é destacado por Fabio Gomes, gerente regional de vendas da unidade brasileira da Came, fabricante de controle de acesso no mercado de segurança. “Quando a incidência dessa categoria de evento criminoso começou a aumentar, passamos a oferecer esse tipo de controle remoto. Atualmente, disponibilizamos três modelos com tecnologia antifraude, chamada rolling code, que permite a criação de até 4 bilhões de combinações numéricas e, por isso, são impossíveis ou quase impossíveis de serem clonados”, ressalta. 

O representante da Came também destaca que a companhia ainda tem à disposição em seu portfólio um receptor externo que possibilita a utilização dos controles da empresa, munidos deste sistema contra clonagem, em equipamentos de outros fabricantes. “Esse é outro diferencial de qualidade e tecnologia que oferecemos ao trazermos uma solução também para quem pretende continuar usando os seus dispositivos de controle de acesso. E o custo do investimento nesses produtos é insignificante perto do que a bandidagem gasta em um aparelho para clonar controles. Os criminosos não investem quase nada para levar vantagem. Hoje, por cerca de R$ 30, em média, é possível comprar livremente pela internet um ‘clonador’ de controles”, alerta o gerente. 

Os controles com a tecnologia rolling code são considerados mais seguros porque utilizam códigos que mudam a cada vez que o equipamento é acionado, impedindo ou dificultando muito mais a chance de clonagem. Em dispositivos convencionais, que possuem código fixo, um aparelho de gravação pode captar o sinal de radiofrequência que é enviado pelo controle original e depois reproduzi-lo para abrir o portão. Já no outro caso, do modelo mais avançado, um algoritmo criptográfico é usado para sempre gerar códigos novos e o infrator precisará de uma ferramenta tecnológica mais sofisticada para capturar a combinação alterada constantemente e ainda usá-la em curta janela de tempo.