Cinco dicas para gestores condominiais se organizarem financeiramente

Na administração condominial, diversos aspectos demandam atenção para garantir seu bom funcionamento. A limpeza precisa ser reforçada, os prestadores de serviço precisam estar presentes, a grama cresce muito no período de sol e chuvas e em condomínios com extensa área de lazer, as crianças costumam brincar mais e com isso demandar uma gestão mais eficiente.

Essas responsabilidades inevitavelmente acarretam custos e uma necessidade de se organizar financeiramente. A pesquisa Panorama dos Condomínios Brasileiros, feita em 2023 pela TownSq, mostrou que a gestão financeira é o principal desafio dos condomínios.

O estudo, realizado com 300 síndicos e condomínios de todo o Brasil, mostra que para 25,3% dos entrevistados, a organização financeira é o maior empecilho, seguido por administração do condomínio (16,7%), obras e manutenções (15,7%), convivência (14,7%) e equipe de gestão (7%).

“No universo condominial, quando um novo síndico assume o cargo, é importante entender como foi a gestão anterior, os principais desafios, principais realizações e como estão as contas”, afirma Henrique Rusca, CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios.

Pensando nisso, Rusca lista cinco dicas para os novos gestores condominiais se organizarem financeiramente: 

1 – Fundo de Reserva 

Uma dica é sempre calcular o que são as principais obras emergenciais que acontecem nos condomínios e dividir quanto ficaria em caso de emergência versus o montante caso construíssem um fundo de reserva.

O valor de construção de um fundo fica muito mais barato mensalmente e não assusta ninguém, além de permitir melhores negociações com os fornecedores quando algo acontecer. 

2 – Planejamento a longo prazo 

Assim como o fundo de reserva, é importante se manter atento às novidades de mercado. Faça um planejamento financeiro de longo prazo para prever gastos significativos, como substituição de equipamentos ou reformas estruturais. Isso permite que o condomínio se prepare adequadamente e economize de forma antecipada para o futuro. Por exemplo, mudar a iluminação do prédio para lâmpadas de LED, é algo que demanda dinheiro para investir, mas gera uma redução drástica no valor do condomínio.

3 – Negociações e parcerias

Negocie contratos com fornecedores para obter condições mais favoráveis. Além disso, explore parcerias que possam oferecer descontos ou benefícios exclusivos para o condomínio. 

Os fornecedores devem ser os maiores aliados, devem propor reduções de custo, mesmo que você não esteja pedindo. Isso garante a eles a longevidade do negócio, e você conquista uma redução de custo inesperada. Portarias virtuais são bons parceiros para gerar economia e ampliar os equipamentos de segurança. 

4 – Manutenção preventiva

Manutenções preventivas são de suma importância para manter a segurança e bom funcionamento do condomínio. Muito comum em fábricas onde a operação não pode parar. Mas aqui o objetivo é outro, é garantir o bom funcionamento de elevadores, acesso de portaria, sistemas de vigilância.

São itens que impactam diretamente na segurança física e diretamente na segurança física de moradores, por isso sua alta relevância. O custo disso pode parecer alto para quem não dá o valor adequado, mas quando utilizamos a planilha financeira, conseguimos mensurar o impacto na vida dos condôminos.

5 – Assembleias financeiras

Esteja aberto sempre a comunicação. As assembleias são ambientes de contato com muitos moradores e condôminos que não fazem parte do conselho e que querem cobrar ações, muitas vezes até já realizadas.

Então aproveite este momento para apresentar as ações realizadas, o que está programado, o que precisa ser aprovado e captar novas sugestões, observações e críticas. Aqui vale uma nota: Mesmo os maiores líderes estão abertos a aprender constantemente. Não podemos pensar que sabemos tudo